Na madrugada desta quarta-feira (31), o mundo recebeu a notícia da morte de Ismail Haniyeh, o temido líder do grupo terrorista Hamas, em Teerã, no Irã. A morte de Haniyeh, confirmada tanto pelo Hamas quanto pela Guarda Revolucionária Iraniana, traz um alívio palpável àqueles que há tempos veem suas ações sanguinárias causarem destruição e sofrimento. No entanto, a cena política internacional ganhou contornos preocupantes com a participação do Vice-Presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, em um evento no Irã que gerou repercussões inquietantes.
Alckmin estava no Irã para a cerimônia de posse do presidente Masoud Pezeshkian, uma ocasião que reuniu autoridades de diversos países. Contudo, o evento foi marcado por um momento constrangedor para o Brasil, quando deputados iranianos entoaram gritos de “morte a Israel!”. A presença de um representante brasileiro em meio a tais manifestações é, sem dúvida, vergonhosa e suscita uma série de questões sobre nossa política externa e os valores que queremos defender no cenário internacional.
O alívio pela morte de Haniyeh não deve ofuscar a apreensão que sentimos ao ver o Brasil representado em um ambiente onde o ódio e a intolerância são vociferados publicamente. É um momento que exige reflexão sobre o papel que queremos desempenhar no mundo e as alianças que estamos dispostos a formar.
A morte de um terrorista, por mais significativa que seja, não apaga a necessidade de mantermos uma postura firme e ética nas relações internacionais. A participação de Alckmin neste evento, ainda que tenha sido protocolar, coloca em xeque a imagem do Brasil e nos desafia a repensar nossas escolhas diplomáticas.
Enquanto celebramos a queda de um inimigo da paz, não podemos esquecer que a luta pela justiça e pelo respeito entre as nações continua, e ela começa com as decisões que tomamos e as companhias que escolhemos manter.
Clique em “Seguir” no Nosso Canal do Whatsapp:
https://whatsapp.com/channel/0029VaLa1aTKmCPR0flOhs2X