Um relatório recente do Observatório Cubano dos Direitos Humanos (OCDH) revelou que a extrema pobreza em Cuba alcançou 89% da população, mostrando uma contínua deterioração nas condições de vida na ilha. O documento, intitulado “O Estado dos Direitos Sociais em Cuba”, também aponta um descontentamento recorde com o regime do ditador Miguel Díaz-Canel, cuja desaprovação chegou a 91%.
Principais Problemas Sociais em Cuba:
- Crise alimentar: Identificada como o principal problema social por 72% da população.
- Apagões: 55% dos cubanos enfrentam apagões frequentes.
- Inflação e custo de vida: Atingem 50% dos entrevistados.
- Salários baixos: Preocupação para 49% da população.
- Saúde pública deteriorada: Apenas 21% acreditam na eficiência do sistema.
- Corrupção: Citada por 20% dos cubanos.
Grupos Sociais Mais Afetados:
- Idosos: 78% enfrentam grandes dificuldades.
- Pessoas sem remessas familiares: 61% sofrem sem esse apoio.
- Desempregados: 44% estão em situação crítica.
- Presos: 26% enfrentam condições severas.
Situação Alimentar:
- Refeições diárias: Apenas 15% conseguem fazer três refeições por dia sem interrupção.
- Fome: 70% dos cubanos pulam refeições devido à falta de dinheiro ou alimentos.
- Afetados pela crise alimentar: 80% dos negros e 83% dos que não recebem remessas.
Sistema de Saúde:
- Avaliação negativa: 89% dos entrevistados reprovam o sistema de saúde pública.
- Falta de medicamentos: 33% não conseguem adquiri-los devido aos altos preços ou escassez.
- Acesso limitado: Apenas 2% obtêm medicamentos nas farmácias estatais.
Preferências para o Futuro de Cuba:
- Modelo norte-americano (EUA): Preferido por 53% dos cubanos, chegando a 63% entre os jovens (18-30 anos).
- Modelo espanhol/europeu: Escolhido por 21%.
- Modelo atual cubano: Apenas 3% acreditam que deve ser mantido.
- Modelo russo: Apenas 3% veem a Rússia como referência, apesar da relação estreita com o governo cubano.
O diretor de Estratégias do OCDH, Yaxys Cires, destacou que “em Cuba, não são apenas violados os direitos civis e políticos, mas também os direitos sociais”. A situação crítica na ilha alerta para o crescente empobrecimento das famílias, a escassez de alimentos e medicamentos, e a deterioração dos serviços públicos essenciais.
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